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A Marca de uma Lágrima



Ela se lembrava daquele tão lindo livro chamado “A marca de uma lágrima” de Pedro Bandeira. A protagonista da estória chega em frente ao espelho e enfrenta seu próprio eu com perguntas pessoais e respostas mais perturbadoras ainda.

Essa parte termina com um espelho quebrado e uma gota de sangue, no momento em que uma escova encontrou a superfície refletida surgiu um risco que atraiu a ponta do dedo, sem perda de tempo ele correu pela superfície quebrada e uma gota de sangue escorreu.

Hoje ela se sentia parecida com a personagem ao se olhar no espelho, sua imagem brigava com seus sentimentos; era bonita, cabelos negros e longos, sobrancelhas arqueadas, maquiagem perfeita e olhos amendoados. Hoje era dia de conversar com seu próprio eu.

Perguntas sobre quem era, quais os verdadeiros sonhos, medos foram facilmente respondidas. O problema começou quando o assunto passou a ser as emoções: quem amava, de quem sentia saudades, qual o gosto da solidão, da traição, da vingança...

Descobriu que o gosto desses últimos era agridoce, desconfortáveis e talvez apenas não fosse a hora de falar sobre eles, mas a mulher no espelho não deu tréguas, queria verdadeiras respostas, queria ver o sentimento, as emoções... nada menos que isso.

E então a mulher no espelho se partiu, um golpe destruiu sua moldura, mas antes de ir foi ela viu o sorriso do outro lado do espelho que continha uma promessa de retorno.

Quem é essa mulher no espelho? Menina, mulher, criança? Agora, apesar do rosto estar marcado pelas lágrimas ela esperaria aquela volta porque sabia que aquela mulher no espelho era ela, com seus sentimentos mais puros e verdadeiros.
Ela era a mulher no espelho.

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