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기도 [Pray]

Foto: olhadela no Google

Hoje é um dia pelo qual só tenho a agradecer, aliás a semana começou muito bem apesar de tudo sabe? Acho que me ajudou bastante o fato de ter escrito aquele outro post sobre a minha presente idiotice, depois dele algumas coisas ficaram mais claras ainda e tudo vai aos poucos voltando ao seu lado ou apenas habitando novos espaços. O sol nasce e ainda te pega acordado, sem um pingo de sono, apenas vendo o tempo passar enquanto espera a hora das coisas... assim foi minha madrugada de hoje e foi uma coisa boa também, falo como se minha madrugada anterior não tivesse sido passada do mesmo jeito não é? Pois então, foi quase exatamente igual com algumas diferenças bem básicas e outras nem tão simples.
Foi uma questão de pensar positivo, acreditar e ter fé que ia dar certo.
Agora estou falando da sensação maravilhosa e até um tanto surpreendente de me pegar agradecendo a toda hora por ter alguém ao meu lado, minha melhor amiga, meu pequeno raio de sol, potinho de mel e tudo o que há de mais doce e suave para falar de alguem tão especial em minha vida; ela passou por uma cirurgia um tanto delicada e felizmente, tudo deu certo e agora ela tá descansando e se recuperando. Olhando de ontem para hoje a essa mesma hora eu me sinto aliviada e pensando como o ser humano pode ser tão facilmente abalado quando ama, a essas horas ontem eu estava pensando se tudo ia dar certo, se nada iria se complicar e essas coisas... agora estou falando com ela por sms e juro que a sensação é de estar no céu, saber que poderá ouvir a voz tão suave e risonha, que poderá aninhar mais uma vez e até mesmo brigar, tudo isso gera uma sensação tão boa que sinto como se fosse explodir de tantos sentimentos bons que trago em mim.
O título desse post é dedicado a oração que passei o dia fazendo, mesmo quando estava conversando, rindo, comendo eu estava pensando nisso, nela. O titulo desse post é um agradecimento também as orações de quem pedi que me ajudasse, é um agradecimento a quem estava por perto e se preocupou também.
Acho que agora é hora de falar obrigado, de cantar e de sorrir não é? Aquela hora onde você retira a armadura e sai pelo campo correndo e dando pulinhos de alegria. Essa foi a resposta da minha oração.
Obrigado Appa.

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바보 [Fool]



Começo esse post com a constatação que você verá no fim do texto.
Eu sou uma idiota.
É, não uma completa, mas ainda assim uma sabe? Deixe-me explicar ou pelo menos tentar. Sabe quando você tenta ajudar, mas faz uma bagunça tão gigantesca que depois fica se perguntando o porquê de não ter aparecido ninguém e te dado um tiro ou – no mínimo – ter te desacordado com um ataque na cabeça tendo uma frigideira como arma.
Sou idiota por não ter tato suficiente nas horas precisas, também sou idiota por não saber bem como consertar depois e ficar no clima estranho, andando na ponta dos pés, de salto alto em cima de uma corda bamba. Exagero? Acho que não é pecado uma idiota ser também exagerada não é? Caso seja, alguém me dê um toque por favor. Também sou idiota por me importar com coisas e situações que estão aquém de minhas possibilidades, do meu tempo e – porque não? – da minha paciência.
A pouco tempo atrás tentei perdoar integralmente algo do passado e voltar ao que era, mas descobri que não era real, que apesar da minha pessoa ter evoluído a outra parte não tinha feito tantos progressos e para minha tristeza, ainda continuava do mesmo jeito – se não pior – então simplesmente estou vivendo, sorrindo quando preciso e não chorando sempre. Mas daí outra parte do passado volta, dessa vez era algo mais presente e também não vi mudanças além da máxima que foi um coração terrivelmente machucado precisando de carinho e atenção.
A minha idiotice para ai entende? Neste caso, ela para aqui pois sinto terrivelmente a falta dessa pessoa e quero estar o mais próximo possível – estou até pensando em uma visita, o que você acha? – daí quero me aproximar o máximo possível e voltar a ser como era antes mas sem a ilusão de que paramos no tempo, apenas voltar à antiga cumplicidade, ao amor, a felicidade de simplesmente estar juntos.
Pensando bem, não é tão ruim quando pedaços do passado voltam, não é mesmo... é só que devemos ver cuidadosamente quais desses pedaços são viáveis ou não, acho que para isso não sou tão idiota. Próximo tópico?
Estou insistindo em algo que vai acabar logo, por algumas questões não posso comentar exatamente o que seja, mas também é uma questão de coisas “da boca pra fora” estejam extremamente envolvidas. Sabe quando você encontra pessoas que trabalham, tem um bom lugar para morar e que por isso se acham os “adultos que vão reger o mundo” mas que são apenas crianças brincando de casinha? Então estou cercada disso em alguns momentos e... cansa algumas vezes.
Em algum momento eu vou parar de ser tão idiota e apenas falar? Falar o que realmente quero dizer, falar quando tudo o que me vem a cabeça é para me calar?
Em algum momento talvez, eu deixe de ser essa idiota que sou bem antes desse post ser criado.

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I will forget you (cont. de The Smile)


Ela ficou conhecida como a garota da janela pelos vizinhos dos prédios ao lado, todos os dias antes do sol se pôr ela se sentava no batente da janela e ficava olhando a vida atrás dos vidros. Na rua abaixo os carros passavam velozes e o outono espalhava seus rastros nas calçadas, disputando espaço com as várias pegadas que enchiam aquela cidade. Como não seria diferente, hoje ela estava confortavelmente sentada na janela, os longos cabelos soltos estavam protegidos do vento graças ao vidro, o olhar negro observava a rua embaixo, vagando pouco depois para o céu que hoje tinha um tom alaranjado.
Ela estava calma, mas não sorria.
Seu rosto era neutro e apenas seus olhos se moviam com frequência... o vizinho do prédio a frente desviava periodicamente o olhar para fitar a conhecida vizinha de rua, achando curioso aquele ritual. Foi então que ele tomou um grande susto, a garota havia saído da janela! O céu alaranjado impedia ver tudo o que acontecia do outro lado da rua; quando a porta do prédio se abriu e a garota apareceu com uma pequena mala todas as pessoas ao redor já estavam colados nas janelas procurando-a. Todos observaram sem entender nada ao vê-la na rua aquela hora.
Agora uma emoção era refletida nos olhos dela, eles brilhavam intensa e perigosamente, em sua cabeça havia uma ideia fixada; andando calmamente ela entrou no metrô depois pegou o ônibus em direção a um único destino. Várias horas depois ela se permitiu um sorriso leve enquanto olhava novamente por uma janela, o céu estava escuro e as estrelas pontilhavam todas as partes do céu, o som ritmado do mar acalmava sua mente e o coração.
Pouco depois em meio a toda aquela calma ela se deitou na cama larga e fechou os olhos, descansando a cabeça em um fofo travesseiro pegando no sono profundo instantes mais tarde; qual seu último pensamento?
Eu vou te esquecer...
Acordou se sentindo bem, comeu, tomou um banho e depois vestiu algo leve, colocando alguns itens dentro de uma delicada bolsa e calçando chinelos confortáveis ela saiu de casa em direção a praia. O sol subia lentamente em direção ao céu, o vento quente mas suave a deixava á vontade, os pés afundavam levemente na areia molhada á beira do mar e ela parava para recolher algumas conchas e devolvia algumas estrela-do-mar de volta a água.
Foi então que erguendo o rosto ela acabou enxergando uma grande pedra na qual poderia facilmente subir, caminhando por alguns minutos ela chegou e ficou ao lado da pedra observando-a por um momento, logo começou a subir  a pedra ficando satisfeita apenas após chegar ao topo; então sentou-se lá e ficou observando o dourado se tornar azul, as ondas empurrando os surfistas. A sua cabeça se focava em um único pensamento: eu vou te esquecer... o coração doía ao lembrar daquele sorriso, aqueles olhos que o refletiam, do momento tão curto mas que mudara quem ela era, aquele pedaço que havia perdido gritava para ser encontrado; enterrou o rosto nas mãos tentando conter a sensação opressora de solidão, o vento agitava brevemente seu cabelo, o som constante das ondas tocando a praia era pouco confortante.
Respirando fundo ela ergue o rosto e abraça os joelhos, colocando o queixo sobre o mesmo e fica olhando a paisagem ao seu redor, a calmaria era intensa e mesmo assim a angústia sorria pra ela; olhando ao longo da praia viu pessoas caminhando lenta ou rapidamente por toda a extensão dela começando a prestar atenção em cada um que passava ali perto. Então seu coração quase parou ao encontrar uma figura muito bem conhecida, o dono daquele sorriso, seus olhos se encontraram e a surpresa brilhou naqueles olhos para em seguida sorrirem mais que os lábios.
Em silêncio ela observou-o andando até onde ela estava, os passos leves e cadenciados o levavam até ela fazendo-o parar ao lado da grande pedra; foi assim, uma coisa estranha, sem palavras... eles se olharam e ela apenas observou enquanto ele subia na pedra sentando-se ao seu lado. Sentiu um aperto no peito e temendo a resposta a sua reação também não conseguindo segurar, apenas retirou os braços de redor dos joelhos e deitou a cabeça no ombro ao lado, ele apenas a deixou ficar lá, colocando seu rosto levemente perto dos cabelos dela.
Foi um gesto simples que ela percebeu ao sentir aquelas mãos tocando em seu cabelo, fechando os olhos lentamente ela procurou a angústia que sentia a pouco tempo e não a encontrou, nem sequer um rastro. Suspirando brevemente ela sentiu os dedos dele passearem por suas mechas em um carinho, pouco depois ela ergueu a cabeça e olhou pra ele; seus olhos se conectaram e foi daquele jeito mágico como a primeira vez na rua. As mentes estavam conectadas e viam a cena como se fosse no presente, os outros carros, o encontrar dos olhos e aquele sorriso.
Eu vou te esquecer...


Veio novamente a frase em sua cabeça, aquilo parecia tão difícil agora que mal sabia como pudera ter pensado nisso, ela se sentia tão bem ao seu lado. E por enquanto isso bastava, e talvez isso sempre bastaria...

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The Smile

Foi mágico, uma caminhada simples, até o mercado. Talvez até rotineira... Subiu o capuz do casaco, calçou os sapatos de qualquer jeito e apertou o play; pegou o elevador e arrumou o capuz enquanto se olhava no grande espelho, saiu cantarolando a música que ouvia enquanto repassava na mente a lista de compras.

Virou a esquina e continuou andando, a música mudou e o cantarolar também, era divertido se sentir uma pessoa comum, indo ao mercado com preocupações rotineiras. Ah sim, era bom ouvir o som rotineiro das pessoas andando apressadas e outras que pareciam ter o prazer exclusivo de irritar esses mesmos apressados.

Desviou de um grupo de garotos, evitou as garotas de salto alto, ergueu o rosto ao passar ao lado de uma garota de tênis, mordeu o lábio ao ver seu doce preferido, pensou em parar e tomar um refrigerante, mas acabou desistindo após não conseguir escolher que marca tomar. Preferiu continuar caminhando ao longo da rua... mais um sinal e lá estava seu destino final , olhou para ambos os lados e atravessou dessa vez acompanhando o assobio da música nos fones; pegou uma cesta e colocando apoiada no antebraço começou a repassar pela incontável vez a lista de coisas na memória.



Não soube dizer precisamente quanto tempo depois finalmente estava recebendo o troco da mulher do caixa, guardou as moedas de qualquer jeito no bolso e colocou tudo dentro da sacola, recolocou os fones e com bônus pegou o óculos escuros que tinha colocado no bolso das moedas e os colocou no rosto, escurecendo assim a visão. Saiu antes que lembrasse que havia esquecido algo como sempre, pegou o caminho de volta e foi a mesma coisa...

Pensou em tomar um refrigerante mas ainda não sabia escolher qual marca, as sacolas agora pesavam um pouco, desviou de um grupo de senhoras que passeavam com os netos - que era bestas possuidas ao invés de serem crianças - pulou por cima de uma poça de água que não estava ali na ida, atravessou correndo no sinal que estava por fechar e sorriu.

Próximo a sua casa estava olhando de um lado para o outro vendo se era seguro atravessar quando de repente sentiu um choque, ao olhar para a esquerda seu olhar se colidiu com outro olhar. Alguém dentro de um carro, os olhos brilhantes como se estivessem molhados de lágrimas, os olhos que a olhavam com a mesma intensidade.

De repente foi demais aguentar e sentiu seus próprios olhos enchendo-se de lágrimas cada vez mais, quando sentiu uma lágrima escorrer pelas bochechas piscou e deu um passo atrás como se sentisse o impacto de tudo que estava acontecendo. Então ouviu o som de uma buzina e olhou ao redor, ao contrário do que havia pensado, o mundo não havia parado naquele momento e agora o sinal era propício para que o carro andasse, todos os carros lá atrás já sabiam disso mesmo o dono daqueles olhos.

Então seu olhar foi desviado por uma questão de milésimos de segundos alguns centímetros abaixo dos olhos e lá estava... o sorriso. O mais lindo e sincero que vira em todo aquele tempo.

Olhou para o sorriso, sentindo a prisão boa e inexplicável daquilo tudo, então olhou novamente para os olhos, acompanhando uma lágrima que desceu até encontrar os lábios que ainda mantinham aquele sorriso perfeito lá...

E o que havia em comum entre o sorriso e os olhos eram... Tudo vai ficar bem.

O carro saiu do lugar suavemente, e depois com mais rapidez e agora só restava esperar o momento para atravessar, quando o fez, continuou caminhando até chegar em casa e seguir com a vida. Mas tinha certeza por toda a vida que naquele momento, naquele semáforo, naqueles olhos e principalmente naquele sorriso...

Deixara um pedaço da sua vida. 

[continua...]

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