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Memorando



Acordei.
Olhei ao redor, ergui mais a cabeça. Tudo escuro, mas o vento frio entrava pela janela; com cuidado me ergui da cama e sai de perto daquele abraço quente e acolhedor. Meu corpo e meu coração experimentaram a sensação de frio absoluto e gritavam para que eu retornasse ao ponto de partida.
Mas eu tinha algo a fazer.
Segui em direção a janela e após ultrapassá-la me vi subindo as escadas, era quase como se tudo aquilo fosse irreal, mas segui em frente.
Me vi no telhado da casa, olhei pra baixo mas não tão pra baixo. Olhei para aquilo que havia sido minha companheira pro muito tempo e suspirei; há muito tempo aquilo não era mais significativo, era apenas um bonito objeto.
Ter vocês é melhor do que ter objetos, foi o que pensei no exato momento em que retirei do meu dedo aquela peça. Depois a lancei com toda força possível no ar e a vi se perder; foi como se eu criasse asas e de repente não sentisse mais o chão.
Voltei a abrir os olhos quando senti novamente aquele abraço quente ao meu redor, senti aquele cheiro bom; talvez tenha sido um sonho...
Olhei para minha mão e a vi desnuda, havia realmente feito aquilo e de certa forma me sentia livre. Sorri sentindo o sono tomar conta de mim e achei que estava ficando louca quando ouvi o vento trazendo o som de uma risada.

xXx

Apertei mais uma tecla e confirmei a exclusão do arquivo, tomei mais um gole daquele liquido delicioso e necessário, me ajeitei sobre as cobertas. Agora eu escrevia novamente ao mesmo tempo em que tentava conter as batidas descompassadas do meu coração, que quase não acreditava que eu estava fazendo aquilo de novo.
Estava nas últimas paginas de mais uma parte de mim traduzida em palavras. Até que finalmente terminei e sorri; desci da cama e estiquei um pouco o corpo. Parei em frente ao espelho e dei uma ajeitada no cabelo que caia em meu rosto.
De repente eu ri e pensei que alguém me acharia louca por dar risada no meio de uma madrugada fria.

xXx

“Bom dia more! Dormiu bem? *-*”
“Bom dia! Dormi pouco, mas bem e você? ^^”
“Nha... tenho novidades. Voltei a escrever!”
“Que noticia boa! *abraça* que orgulho. Eu também tenho novidades. Fiz a aliança voar!”
“Wow! E como tá se sentindo?”
“Se eu soubesse como seria eu teria feito voar a mais tempo, fatão!”
“Oun... orgulho máster!”
“SarangHae”
“SarangHaeyo dong saeng”

xXx

DUAS que as vezes são TRÊS que são em QUATRO. Família Saran san Saran, saranminida!
Com as Batalhas da vida aprendemos que o Tamanho do amor e Carinho são infinitos a quem realmente amamos. Appa, Omma, Dong Saeng e Unni.
Your family, our family, my family.

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Era uma vez...



Era uma vez uma garota que parecia ter a vida perfeita. Ela era sempre sorridente, alegre e sabia escutar os amigos, mas o que poucos sabiam é que a vida dela estava longe de ser perfeita, pelo contrário; as vezes parecia que o próprio inferno estava ao seu redor.
Ela não encontrava um refugio físico em lugar algum, buscava forças do Alto e das pequenas ações sinceras de algumas pessoas. Ninguém sabia que ela chorava enquanto tomava banho, que a comida não tinha gosto, que o esforço para estudar na verdade era uma fuga desesperada.
Foram oito meses até que após voltar de uma recarga de baterias um novo caminho se abriu pra ela, que o abraçou com todo o ímpeto. E agora ela tinha alguém para dividir as tristezas, multiplicar as alegrias, construir e compartilhar boas lembranças. Mas bem lá no fundo crescia a sensação daquilo tudo não ser real, de algo estar errado, mas os bons momentos superavam os maus. Após mais um período recarregando as baterias ela voltou, só que voltou diferente.
Ela voltou mais triste, já não conseguia sorrir pra manter as aparências e de quem esperava pelo menos um bom dia até isso foi negado. Sobre ela se ergueu a sensação de não pertencer aquele mundo, de que talvez fosse melhor não existir, de que nada valia a pena.
Noites em claro, sem comer, como um autômato, uma bonita caixa mas vazia; não totalmente vazia, lá dentro existiam lágrimas, gritos e um ódio lento e corrosivo se formando e assim se passou muito tempo.
Mas novamente dos altos céus Ele se lembrou dela, contemplou sua dor e escolheu pessoas e coisas para trazê-la novamente á vida. Aos poucos uma Bonita flor apareceu em sua mão E trouxe com ela o Carinho, o sentimento de confiança e por que não um pouco de “Kor” na vida? Assim tudo ficou um pouco mais Alegre.
E então, mais uma Bonita e Radiante flor foi oferecida e mais um lindo laço se estreitou; Unicamente humana para os outros, mas uma fadinha para as pessoas especiais. Divertidos e iNevitáveis encontros com o chão que eram sempre lembrados, esperados e por que não Apreciados como um traço dessa personalidade?
Hoje essa garota, que já gostou de tantos sobrenomes diferentes, que já foi Holt, Amorim, Lutz e agora é Kim procura respostas para suas perguntas. Perguntas que envolvem seu futuro, planos, amigos e várias escolhas.
Essa garota ainda chora, seu coração ainda sente dor, ainda tem feridas não cicatrizadas, tem problemas e mais do que isso... tem novamente pessoas ao seu lado, agora existe o medo de tudo acabar de novo, mas busca bases sólidas para guardar e cativar essas amizades.
Essa garota ainda chora, mas agora também de alegria, de rir, assistir coisas bobas, receber simples recadinhos. Essa garota que hoje vive uma história de amor, que aprende quão maravilhoso é o amor, o sentimento de compartilhar, o que um simples sorriso e uma caricia são capazes.
Ela será madrinha de casamento! Ela está feliz! Ela sou eu =’)

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Os dois pássaros



O dia amanhece antes da hora, ouço conversas mas as ignoro e entro novamente em um sono sem sonhos. Uma sacudidela atrás da outra e mesmo tentando não responder os compromissos do dia cobram a atenção, levanto fazendo malabarismos para resistir á tentação de voltar a dormir.
Acordo completamente de mau humor, sem vontade de conversar e rapidamente coloco os fones de ouvido, sou recepcionada por Dong Bang Shin Ki a lá Begin, o momento é propicio para um franzir de sobrancelhas e lá se vai a música apagando rapidamente e cede lugar a Solar, faixa de introdução do álbum solo de TaeYang, outro sul-coreano lindo e muito talentoso.
Caminho pra faculdade sem nenhum entusiasmo e já sou forçada a engolir palavras facilmente pronunciadas por pessoas que não despertam meu interesse. A aula passa sem graça, agradeço ao criador dos fones de ouvido e a aula passa como um borrão. Vou pra casa ainda de mal com a vida e fico olhando o teto até a hora chegar.
Saio de casa no horário combinado e vou em direção a estação, no caminho ignoro os “pedreiros” que sentem-se felizes em apenas elogiar com palavras toscas e chulas o meu modo de vestir.
Pego o bilhete, passo pela catraca e entro no vagão. Vejo um lugar vago, me sento não sentindo nenhum resquício de sorriso e fico olhando a paisagem pela janela envidraçada. Metros e metros de trilhos escuros cedem lugar á paisagem do alto do viaduto, um determinado momento passo por um mar prateado em pleno meio-dia.
Cansada da visão cegante, olho para o horizonte e é lá que o meu foco é mudado.
Vejo dois pássaros voando juntos, na mesma sincronia; com os mesmos movimentos harmonizados em milésimos de segundos, aquela visão me renovou, mostrou que podemos voar juntos, em uma parceria que sempre leva em conta o companheiro.
Imaginei que aqueles pássaros tiveram seus meses de treino para entrar no ritmo cadenciado e natural de voar ao mesmo tempo que impulsiona o outro, mas e daí? Também tivemos e temos aprendizados diversos, anos para praticar e parte da culpa é sempre nossa para o caso de não termos executado nossa tarefa corretamente.
Eu serei um daqueles pássaros e quero ajudar alguém através do meu voo. Procura-se esse companheiro, independente de sexo, religião, idade, classe social. Quero confiar nessa pessoa e ser capaz de ser digna dessa mesma dádiva. Eu gostaria de alguém ao meu lado para juntos irmos em direção ao nosso caminho servindo de guia e porto seguro para aquele que me cercará.
Procura-se um amigo que seja minha dupla, aceito inscrições.

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Meu desmonte

Encontrei esse texto ontem escrito em uma folha de caderno da faculdade. Foi bem do inicio do ano, mas achei ele tão eu que decidi postar. ^^





Quer felicidade? Procure, mas seja perseverante pois a busca é árdua, dura, por vezes solitária e nem tudo é alegria. Eu busco o que eu quero, mas isso não me torna imune ao sofrimento do caminho, as pedras pontiagudas da estrada, a chuva acida que cai com certa freqüência.

E tudo faz parte das experiências que levarei para o resto da vida, experiências validas que me ensinam a cada dia que a felicidade não é um dom, mas sim o resultado de uma busca árdua e que no fim é gratificante. Fiz o meu desmonte, desnudei minha alma, assumi o meu eu, prometi não prometer e serei sincera. Percebi o paradoxo da vida, o choro escondido no riso, o interesse escondido nas palavras, a história não contada.

Percebi que seres humanos não são confiáveis e como humana sei da minha natureza; que palavras escondem sentimentos e tornam-se vazias, que uma distância emocional fere mais que a distância física.

Não perdi nada que realmente lamente, nada pelo que eu realmente chore. Apenas me dei conta de que as coisas e pessoas são passageiras e que eu realmente não lamento perdas insignificantes, a destruição de uma opinião, de uma ideia, lamento apenas ter terminado da forma como terminou.

Mas eu sei que vou sorrir novamente tão logo dê adeus ao que me incomoda, me exaspera, ao que me suga. Ficarei longe e se eu voltar não será por isso, mas sim pela certeza de que a busca pelos meus sonhos está apenas começando; serei capaz de seguir em frente sem olhar pra trás e, se olhar será apenas para sorrir desdenhando do último obstáculo ultrapassado, que me tornará uma pessoa melhor do que sou hoje.



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Um tal segredo...


Alguém me conta qual é o segredo?

Por que quando tudo parece confuso aquela luz brilha por uma fresta no meio do túnel e te dá forças para alcançar a saída? Será que nem todos percebem que isso acontece no momento em que nossas forças se acabam, que as lágrimas secam por falta de outras pra substituí-las, os joelhos cedem e finalmente encontram o chão sujo e marcado por outros que sofreram e sofrem ao seu lado.

Alguém me conta qual o segredo?

Em tempos de escuridão sempre aparece a mão amiga que te diz que pode demorar um pouco, mas tudo ficará bem. Essa mão pode ser uma simples mensagem, um abraço de cinco minutos ou um sorriso tímido lançado em meio a várias cabeças no caminho. Uma pequena ajuda que transforma sua carga um pouco mais leve e te dá forças para só mais um passo.

Alguém me conta qual o segredo?

Imaginar como seria a vida das pessoas ao seu redor e sorrir ao saber que você sim fez alguma diferença, que sua atitude por mais pequena que pareça ter sido foi algo importante para alguém naquele exato momento. Como seria a sua vida sem aquele amigo ao seu lado pronto a olhar por você, dar uma piscada, um sorriso sacana e a frase "Não desiste, estarei aqui se precisar"...

Alguém me conta qual o segredo?

Quantas pessoas podem chorar e sorrir ao mesmo tempo, por motivos diferentes onde a felicidade supera a tristeza - e vice versa - uma música calma te lance em um poço de alegria e outra agitada te mergulhe em um poço de calma. Onde uma música ouvida por mais de uma pessoa torna-se o foco de todo um tempo (feliz ou não).

Alguém me conta qual o segredo?

Por que o seu caminho é tão diferente do meu, por que estamos ligados mas existe essa separação, isso também é um mistério pra mim. Aquele abraço, o cheiro do seu perfume, aquela sensação de conforto que seus sorrisos me traziam? Você disse que vai embora por um tempo, eu entendo e até consegui me despedir de você, mas isso não me tirou a chance de imaginar como seria se pudéssemos ficar juntos.

Alguém me conta qual o segredo?

Consigo dizer que te amo e os outros não importam. É verdade quando digo que o passeio não foi esquecido, que o sol brilhou sobre nós enquanto conversávamos horas a fio em meio a natureza e ao som dos pássaros nas árvores. Quando os olhos se fecharam foi por um bom motivo, eu também senti isso.

Alguém me conta...

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